UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL / UNIVERSIDADE
DE BRASÍLIA
Nome: Filipe de Souza Fernandes
Turma: Teatro 10 / Disciplina:
Suportes Cênicos
Professora Autora: Sonia
Paiva
Professora Supervisora:
Cyntia Carla
Tutora à distância: Luana
Fonteles Ribeiro
Tutor presencial: Denilson
de Almeida
Semana: 12 / Tarefa 02: Projeto
da máscara
APRESENTAÇÃO:
“A Comédia Dell’arte” não é somente o estudo
do grotesco e da farsa, mas também o retrato real de personagens traçados desde
a mais remota antiguidade até os tempos presentes, numa tradição ininterrupta
de um humor fantástico que é em essência sério e, poderia até dizer, como todo
sátiro que deita escondido na pobreza espiritual da raça humana. (George Sand)
Nossa disciplina por ser muito ligada a cena e a prática
do teatro, e a tudo que envolve o espetáculo trás os demais elementos que dão
suporte para que a cena aconteça. Durante nossa disciplina passamos por vários
estudos de vários elementos cênicos como, por exemplo, a caracterização do
personagem que envolve figurino e maquiagem, depois vem a cenografia, a
iluminação, a produção e planejamento que envolve o antes, o durante e o depois
da cena, vimos como se cria um projeto e depois partimos pra mais um estudo que
envolve a caracterização do personagem que é a máscara e o a comédia dell’arte
que vai muito mais além do que uma simples caracterização estudando e vendo de
perto pude entender que a comédia dell’arte envolve o personagem como um todo
influenciando o modo como o personagem fala, como anda, se movimenta, age,
veste, comporta e que não é simplesmente colocar uma máscara. Para isso
estudamos a comédia dell’arte e cada um de seus personagens, vimos também os
vários tipos de máscaras e escolhemos para trabalhar em nossa disciplina a
meia-máscara e a máscara zoomórfica.
Vejamos
então um pouco da comédia dell’arte:
A comédia dell’arte ou comédia da habilidade floresceu na
Europa no século XVI mais precisamente na Itália que trazia o improviso como
uma característica forte e bastante presente na cena, assim os atores eram
conhecidos como artesãos da arte de interpretar e os primeiros atores
profissionais de nossa história. Tiveram um grande impulso vindo do carnaval
com os cortejos feitos pelas ruas, mascarados e cheios de sátira, assim os
grupos viviam andando de cidade em cidade e de vila em vila. As histórias ou os
roteiros das peças trazem temas como adultério, ciúme, traição, velhice,
paixão, ódio e amor. Os diálogos eram organizados para satirizar escândalos
locais, eventos recentes, fatos do cotidiano e muitas piadas. A identificação e
caracterização eram feitas com figurinos e máscaras que em sua grande maioria é
inspirada em animais, ou seja, são máscaras zoomórficas. As histórias ou
roteiros geralmente envolvem os personagens dos enamorados que são os amantes
apaixonados que tem o desejo de se casarem. Assim temos o velho, ou velhos que
querem separar os enamorados e contam com a ajuda dos servos para colocar em
prática todas as armações e maldades contra os enamorados. Geralmente a
dramaturgia se encerra com a realização do casamento e o perdão para todas as
armações e maldades
"As artes dos suportes cênicos são as artes que estão diretamente ligadas aos ofícios teatrais e aos recursos de materialização das idéias. Focaremos nosso trabalho nas áreas visuais da encenação: caracterização, cenografia e iluminação." (Disciplina de suportes cênicos)
JUSTIFICATIVA:
Por que usar máscaras da comédia dell’arte em uma peça
totalmente brasileira e regionalista como “O Auto da Compadecida”?
Nossa disciplina de suportes cênicos trouxe-nos o estudo
da comédia dell’arte e de seus personagens, depois passamos por um processo de
confecção de máscaras que deveriam ser criadas para um personagem, a princípio
seria para a peça “Tabarim, guarda de honra”, mas nós do polo de Ipatinga – MG
fizemos uma proposta de usar a peça “O Auto da Compadecida” fazendo uma ligação
com a disciplina de Laboratório do Teatro 3 que também está estudando a comédia
dell’arte e o texto escolhido era esse. Assim pensamos as máscaras para nossos
personagens em “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna.
O Auto da Compadecida é uma farsa e tem uma relação
direta com a comédia dell’arte ambas possuem histórias cômicas e corriqueiras
do cotidiano trazendo nos roteiros temas como adultério, ciúme, traição,
velhice, paixão, ódio e amor. Os diálogos na comédia dell’arte e em O Auto da
Compadecida foram organizados para satirizar escândalos locais, eventos
recentes, fatos do cotidiano e muitas piadas.
Estamos tendo duas matérias que estão estudando a comédia
dell’arte suportes Cênicos e Laboratório do Teatro 3 a união das duas
disciplinas tem dado muito certo.
Desta forma fiz uma pesquisa sobre o meu personagem João
Grilo tentando encontrar um animal que tivesse as suas características, para
assim fazer uma máscara zoomórfica para ele. O animal escolhido foi a raposa por
ser astuta como o João Grilo.
OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO:
Geral:
·
Produzir, criar ou confeccionar máscaras para
serem usadas na peça;
·
Conseguir inserir a máscara da comédia
dell`arte dentro da peça, fazendo com que haja uma relação, e um contexto único
entre os personagens, as máscaras e as características da comédia dell`arte
devem atingir a peça como um todo.
Específico:
·
Criar em grupo máscaras para serem usadas em
cena, na peça “O Auto da Compadecida”;
·
Apresentar o meu personagem completo com sua
caracterização através da máscara, fazer com que a máscara seja um complemento
para o personagem, fazer com que ela traduza a essência e a personalidade do
personagem.
PLANO DE EXECUÇÃO DO TRABALHO:
·
Estudo e pesquisa da comédia dell`arte;
·
Estudo e pesquisa sobre os personagens da comédia
dell`arte;
·
Oficina presencial para a primeira etapa da
confecção das máscaras, com a tutora Luana Fonteles. Onde em equipe com a
supervisão da tutora aprendemos e criamos nossas máscaras mortuárias, o
negativo;
·
Pesquisar um animal e fazer o desenho da
minha máscara;
·
Oficina presencial para a segunda etapa da
confecção das máscaras com a tutora Graça. Uma etapa que também foi trabalhosa,
e tivemos que terminar em casa em outro dia, pois a secagem do empape lamento
demora um pouco;
·
Criar uma paleta de cores para pintar a
máscara;
·
Acompanhando os comandos e o passo a passo
pela plataforma, terminar a terceira etapa do trabalho com a máscara, depois
dos furos passarem a massa corrida, lixar e pintar;
·
Conclusão consiste neste trabalho mais a
fotografia do grupo vestido de preto usando as máscaras. E ainda teremos mais
uma aula presencial desta disciplina para a finalização.
CONCLUSÃO:
“Antes mesmo do início da fala do
ator, seu figurino, maquiagem, acessórios, penteado, estão ajudando na
expressão do personagem. Podemos, por meio da indumentária, mandar sinais de comunicação para a plateia
sobre a idade, status social, ocupação, nacionalidade, personalidade, entre
outros aspectos.” (Disciplina suportes cênicos)
Fazer a confecção de uma máscara
não é uma tarefa fácil, é preciso muita paciência e cuidado, é preciso pesquisa
e estudo, é preciso que o seu trabalho final seja um complemento para o
personagem que vai viver a cena.
Nosso trabalho está pronto e
consiste em fazer uma máscara que traduza o que realmente é o personagem, que
revele para o público um pouco de sua essência e um pouco de suas
características sem que precise dizer algum texto ou fazer uso das palavras,
uma máscara traduz uma expressão e a expressão já diz muita coisa. Conseguimos
terminar nossas máscaras com sucesso e estão prontas para serem usadas em cena.
Tivemos um longo processo para a
criação destas máscaras, aulas presenciais, trabalhos individuais e o meu grupo
se reuniu no nosso polo UAB/UNB em Ipatinga para fotografar a finalização de
nosso projeto.
Fontes/ Referências Bibliográficas: