segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Trabalho de Conclusão das Máscaras (Suportes Cênicos)


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL / UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Nome: Filipe de Souza Fernandes
Turma: Teatro 10 / Disciplina: Suportes Cênicos
Professora Autora: Sonia Paiva
Professora Supervisora: Cyntia Carla
Tutora à distância: Luana Fonteles Ribeiro
Tutor presencial: Denilson de Almeida
Semana: 12 / Tarefa 02: Projeto da máscara

APRESENTAÇÃO:

“A Comédia Dell’arte” não é somente o estudo do grotesco e da farsa, mas também o retrato real de personagens traçados desde a mais remota antiguidade até os tempos presentes, numa tradição ininterrupta de um humor fantástico que é em essência sério e, poderia até dizer, como todo sátiro que deita escondido na pobreza espiritual da raça humana. (George Sand)

Nossa disciplina por ser muito ligada a cena e a prática do teatro, e a tudo que envolve o espetáculo trás os demais elementos que dão suporte para que a cena aconteça. Durante nossa disciplina passamos por vários estudos de vários elementos cênicos como, por exemplo, a caracterização do personagem que envolve figurino e maquiagem, depois vem a cenografia, a iluminação, a produção e planejamento que envolve o antes, o durante e o depois da cena, vimos como se cria um projeto e depois partimos pra mais um estudo que envolve a caracterização do personagem que é a máscara e o a comédia dell’arte que vai muito mais além do que uma simples caracterização estudando e vendo de perto pude entender que a comédia dell’arte envolve o personagem como um todo influenciando o modo como o personagem fala, como anda, se movimenta, age, veste, comporta e que não é simplesmente colocar uma máscara. Para isso estudamos a comédia dell’arte e cada um de seus personagens, vimos também os vários tipos de máscaras e escolhemos para trabalhar em nossa disciplina a meia-máscara e a máscara zoomórfica.
Vejamos então um pouco da comédia dell’arte:
A comédia dell’arte ou comédia da habilidade floresceu na Europa no século XVI mais precisamente na Itália que trazia o improviso como uma característica forte e bastante presente na cena, assim os atores eram conhecidos como artesãos da arte de interpretar e os primeiros atores profissionais de nossa história. Tiveram um grande impulso vindo do carnaval com os cortejos feitos pelas ruas, mascarados e cheios de sátira, assim os grupos viviam andando de cidade em cidade e de vila em vila. As histórias ou os roteiros das peças trazem temas como adultério, ciúme, traição, velhice, paixão, ódio e amor. Os diálogos eram organizados para satirizar escândalos locais, eventos recentes, fatos do cotidiano e muitas piadas. A identificação e caracterização eram feitas com figurinos e máscaras que em sua grande maioria é inspirada em animais, ou seja, são máscaras zoomórficas. As histórias ou roteiros geralmente envolvem os personagens dos enamorados que são os amantes apaixonados que tem o desejo de se casarem. Assim temos o velho, ou velhos que querem separar os enamorados e contam com a ajuda dos servos para colocar em prática todas as armações e maldades contra os enamorados. Geralmente a dramaturgia se encerra com a realização do casamento e o perdão para todas as armações e maldades

"As artes dos suportes cênicos são as artes que estão diretamente ligadas aos ofícios teatrais e aos recursos de materialização das idéias. Focaremos nosso trabalho nas áreas visuais da encenação: caracterização, cenografia e iluminação." (Disciplina de suportes cênicos)


JUSTIFICATIVA:
Por que usar máscaras da comédia dell’arte em uma peça totalmente brasileira e regionalista como “O Auto da Compadecida”?
Nossa disciplina de suportes cênicos trouxe-nos o estudo da comédia dell’arte e de seus personagens, depois passamos por um processo de confecção de máscaras que deveriam ser criadas para um personagem, a princípio seria para a peça “Tabarim, guarda de honra”, mas nós do polo de Ipatinga – MG fizemos uma proposta de usar a peça “O Auto da Compadecida” fazendo uma ligação com a disciplina de Laboratório do Teatro 3 que também está estudando a comédia dell’arte e o texto escolhido era esse. Assim pensamos as máscaras para nossos personagens em “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna.
O Auto da Compadecida é uma farsa e tem uma relação direta com a comédia dell’arte ambas possuem histórias cômicas e corriqueiras do cotidiano trazendo nos roteiros temas como adultério, ciúme, traição, velhice, paixão, ódio e amor. Os diálogos na comédia dell’arte e em O Auto da Compadecida foram organizados para satirizar escândalos locais, eventos recentes, fatos do cotidiano e muitas piadas.
Estamos tendo duas matérias que estão estudando a comédia dell’arte suportes Cênicos e Laboratório do Teatro 3 a união das duas disciplinas tem dado muito certo.
Desta forma fiz uma pesquisa sobre o meu personagem João Grilo tentando encontrar um animal que tivesse as suas características, para assim fazer uma máscara zoomórfica para ele. O animal escolhido foi a raposa por ser astuta como o João Grilo.

OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO:
Geral:
·         Produzir, criar ou confeccionar máscaras para serem usadas na peça;
·         Conseguir inserir a máscara da comédia dell`arte dentro da peça, fazendo com que haja uma relação, e um contexto único entre os personagens, as máscaras e as características da comédia dell`arte devem atingir a peça como um todo.
Específico:
·         Criar em grupo máscaras para serem usadas em cena, na peça “O Auto da Compadecida”;
·         Apresentar o meu personagem completo com sua caracterização através da máscara, fazer com que a máscara seja um complemento para o personagem, fazer com que ela traduza a essência e a personalidade do personagem.


PLANO DE EXECUÇÃO DO TRABALHO:
·         Estudo e pesquisa da comédia dell`arte;
·         Estudo e pesquisa sobre os personagens da comédia dell`arte;
·         Oficina presencial para a primeira etapa da confecção das máscaras, com a tutora Luana Fonteles. Onde em equipe com a supervisão da tutora aprendemos e criamos nossas máscaras mortuárias, o negativo;
·         Pesquisar um animal e fazer o desenho da minha máscara;
·         Oficina presencial para a segunda etapa da confecção das máscaras com a tutora Graça. Uma etapa que também foi trabalhosa, e tivemos que terminar em casa em outro dia, pois a secagem do empape lamento demora um pouco;
·         Criar uma paleta de cores para pintar a máscara;
·         Acompanhando os comandos e o passo a passo pela plataforma, terminar a terceira etapa do trabalho com a máscara, depois dos furos passarem a massa corrida, lixar e pintar;
·         Conclusão consiste neste trabalho mais a fotografia do grupo vestido de preto usando as máscaras. E ainda teremos mais uma aula presencial desta disciplina para a finalização.

CONCLUSÃO:
  
“Antes mesmo do início da fala do ator, seu figurino, maquiagem, acessórios, penteado, estão ajudando na expressão do personagem. Podemos, por meio da indumentária, mandar sinais de comunicação para a plateia sobre a idade, status social, ocupação, nacionalidade, personalidade, entre outros aspectos.” (Disciplina suportes cênicos)
Fazer a confecção de uma máscara não é uma tarefa fácil, é preciso muita paciência e cuidado, é preciso pesquisa e estudo, é preciso que o seu trabalho final seja um complemento para o personagem que vai viver a cena.
Nosso trabalho está pronto e consiste em fazer uma máscara que traduza o que realmente é o personagem, que revele para o público um pouco de sua essência e um pouco de suas características sem que precise dizer algum texto ou fazer uso das palavras, uma máscara traduz uma expressão e a expressão já diz muita coisa. Conseguimos terminar nossas máscaras com sucesso e estão prontas para serem usadas em cena.
Tivemos um longo processo para a criação destas máscaras, aulas presenciais, trabalhos individuais e o meu grupo se reuniu no nosso polo UAB/UNB em Ipatinga para fotografar a finalização de nosso projeto.


Fontes/ Referências Bibliográficas:




Nenhum comentário:

Postar um comentário